Com menos força, preço em casca segue em alta

A saca de arroz em casca no mercado brasileiro, sobretudo do arroz irrigado no Rio Grande do Sul, ainda mantém tendência de alta e fecha com pequeno aumento na semana. Nas demais localidades produtoras de arroz irrigado de Santa Catarina e Paraná o mercado apresenta tendências diferentes para preços. "Enquanto que em Santa Catarina o cereal acompanha a tendência altista do arroz gaúcho, no Paraná os preços seguem estáveis há algumas semanas, em grande parte das regiões", explicou o analista de SAFRAS & Mercado, Eduardo Aquiles.

Por sua vez, nas regiões produtoras de arroz sequeiro ou de terras altas, se verifica que a cotação do grão permanece estável na semana na maioria das praças, mas com acréscimos pontuais dependendo da localidade. Por fim, no mercado atacadista o cereal continua valorizado, principalmente em São Paulo, que é o maior consumidor do grão no país.

O preço pago ao produtor pelo arroz em casca no Rio Grande do Sul ainda não sentiu o efeito da entrada da colheita, que segundo a Emater/RS, já alcança 3% da área no estado, sendo que a qualidade é considerada boa. A situação das lavouras segue em situação normal, mesmo com a estiagem, as chuvas decorrentes semanas atrás tiveram papel importante para que a seca não causasse prejuízos maiores aos produtores.

Atualmente, a cotação média no estado se encontra em R$ 27,37 por saca de 50 quilos, apontando acréscimo de 0,2%, pois iniciou o período pedida na média de R$ 27,32. Em analogia com o mês anterior, quando estava em média a R$ 26,12 por saca, o aumento é de 4,8% e se comparado a igual momento do ano passado, quando estava a R$ 22,53 há acréscimo expressivo de 21,5%, já que naquela época o cereal já sofria com o excesso de cereal no mercado interno.

De acordo com demais dados divulgados pela análise conjuntural semanal da Emater/RS, as lavouras de arroz no estado se encontram com 8% na fase madura para colher, 34% em fase de enchimento de grão, 37% em floração e 18% em fase de germinação. Sendo assim, para a próxima semana se espera que haja maior influência sobre os preços, na medida em que o volume colhido aumente.

Fonte: Planeta Arroz